Era uma manhã comum na pequena cidade de Creta. O sol nascia timidamente, banhando as ruas estreitas com uma luz dourada. Entre os moradores, um jovem chamado Tito caminhava apressado, carregando consigo não apenas uma sacola de mantimentos, mas também uma responsabilidade maior: liderar a igreja local. Ele havia recebido uma carta do apóstolo Paulo, e aquelas palavras ecoavam em sua mente como um chamado à ação. “Você, porém, ensine o que está de acordo com a sã doutrina” (Tito 2:1). Era mais do que um conselho; era um desafio.
Tito sabia que a vida em Creta não era fácil. A ilha era conhecida por sua cultura complexa, onde a mentira e a preguiça muitas vezes se misturavam ao cotidiano das pessoas. Mas ele também sabia que o evangelho de Cristo tinha o poder de transformar vidas. E não apenas por meio de palavras, mas através de ações que refletissem a verdade de Deus.
Enquanto caminhava, Tito observava as pessoas ao seu redor. Havia o velho pescador, cujas mãos calejadas contavam histórias de noites inteiras no mar. Havia a jovem mãe, carregando seu filho nos braços, com olhos cansados mas cheios de esperança. Havia o comerciante, sempre sorridente, mas cujo coração estava cheio de preocupações. Cada um deles, de alguma forma, estava à procura de algo maior. Algo que preenchesse o vazio que nem mesmo o mar, a família ou o sucesso conseguiam preencher.
Paulo havia escrito que a graça de Deus nos ensina a renunciar à impiedade e a viver de maneira sensata, justa e piedosa (Tito 2:12). Tito entendia que isso não era sobre ser perfeito, mas sobre refletir a misericórdia e a verdade de Cristo em cada gesto, em cada palavra, em cada decisão. Ele sabia que muitas daquelas pessoas nunca haviam lido as Escrituras, mas elas o observavam. E, ao observá-lo, estavam vendo um reflexo do evangelho.
No mercado, Tito parou para ajudar uma senhora que havia derrubado suas frutas no chão. Enquanto se abaixava para recolher os alimentos, ele sorriu e disse: “Deus abençoe o seu dia”. A mulher olhou para ele, surpresa, e respondeu com um “muito obrigada” que carregava mais do que gratidão; carregava curiosidade. Quem era aquele jovem que parecia diferente? O que o motivava a ser tão gentil?
Naquela noite, ao retornar para casa, Tito refletiu sobre o dia. Ele percebeu que, mais do que pregar sermões eloquentes, sua missão era viver de maneira que tornasse o evangelho atraente. Não por ostentação, mas por autenticidade. As pessoas podiam não conhecer as boas-novas de Cristo, mas elas o conheciam. E, através dele, poderiam vislumbrar um pouco do amor de Deus.
Assim, Tito entendeu que a verdadeira mensagem de Cristo não estava apenas nas palavras que ele dizia, mas na vida que ele vivia. E, com a graça de Deus, ele continuaria a refletir essa mensagem, um gesto de bondade de cada vez, até que o nome de Cristo fosse glorificado em cada canto de Creta.
E você, como tem refletido a mensagem de Cristo? Afinal, muitas pessoas podem não conhecer as Escrituras, mas elas te conhecem. Que o Senhor nos ajude a viver de maneira que Sua verdade seja não apenas ouvida, mas vista e sentida através de nós.
“Tenham cuidado e não se recusem a ouvir aquele que fala. Pois, se os que se recusaram a ouvir quem divinamente os advertia na terra não escaparam, muito menos escaparemos nós, se nos desviarmos daquele que dos céus nos adverte.” Hb 12:25
O versículo de Hebreus 12:25 faz parte de um contexto mais amplo no qual o autor da carta aos Hebreus exorta os cristãos a permanecerem firmes na fé e a não negligenciarem a voz de Deus. A mensagem central é um alerta solene sobre a gravidade de rejeitar a Deus, especialmente em contraste com a rejeição aos profetas que falavam em Seu nome na Terra.
Contexto e Significado:
1. Não rejeitar aquele que fala:
O “que fala” refere-se a Deus, que agora fala através de Seu Filho, Jesus Cristo (como mencionado em Hebreus 1:1-2). Rejeitar a voz de Deus é um ato de desobediência grave, pois Ele é a autoridade suprema e a fonte de toda verdade.
2. Comparação com os que rejeitaram a advertência na Terra:
O texto lembra que aqueles que rejeitaram os profetas enviados por Deus no passado (como os israelitas no deserto) não escaparam do juízo divino. Se isso aconteceu com aqueles que rejeitaram mensagens terrenas, quanto mais severa será a consequência para aqueles que rejeitam a mensagem celestial, trazida pelo próprio Filho de Deus.
3. Advertência dos céus:
A expressão “aquele que nos adverte dos céus” enfatiza a superioridade e a autoridade divina de Jesus, que veio do céu para trazer a revelação final de Deus. Rejeitar essa mensagem é rejeitar a salvação oferecida por Ele.
4. Reino inabalável:
O versículo está inserido em um trecho que fala sobre o contraste entre o que é temporário (as coisas criadas, que podem ser “abaladas”) e o que é eterno (o reino de Deus, que é inabalável). Os cristãos são chamados a viver com gratidão e reverência, pois receberam um reino que não pode ser destruído.
5. Deus é um fogo consumidor:
Essa expressão (citada em Hebreus 12:29, referindo-se a Deuteronômio 4:24) destaca a santidade e o juízo de Deus. Ele é amoroso e misericordioso, mas também justo e santo, e não pode ser tratado com leviandade ou desrespeito.
Aplicação Prática:
– Obediência e reverência:
O versículo nos chama a ouvir atentamente a voz de Deus, seja através da Sua Palavra, da pregação ou da orientação do Espírito Santo. Devemos responder com obediência e humildade.
– Gratidão e adoração:
Por termos recebido um reino eterno e inabalável, somos convidados a adorar a Deus com reverência e temor, reconhecendo Sua grandeza e santidade.
– Cuidado com a indiferença espiritual:
O texto serve como um alerta contra a complacência ou a indiferença em relação a Deus. Rejeitar Sua voz pode levar a consequências eternas.
Em resumo, Hebreus 12:25 é um chamado à seriedade na vida espiritual, enfatizando a importância de ouvir e obedecer a Deus, que nos fala através de Jesus Cristo, e de viver com gratidão e reverência diante dEle.
Introdução: O medo é um sentimento que cada um de nós tem experimentado. Ele pode surgir em diversas situações e manifestar-se de formas distintas, seja como uma resposta a um perigo real ou como uma reação a situações imaginárias. Se você fizer uma busca na Internet para a palavra “medo”, você vai encontrar muitas fobias que os seres humanos enfrentam. Essas fobias, que vão desde o medo de alturas (acrofobia) até o medo de aranhas (aracnofobia), revelam a complexidade e a diversidade das experiências humanas relacionadas ao medo. De fato, uma pesquisa no Google com a palavra “medo” lista 496 fobias, o que indica que esse sentimento é uma parte intrínseca da nossa psique. Mas o que exatamente é o medo, e como ele influencia nossas vidas? Nesta reflexão, exploraremos a natureza do medo, suas origens e seus impactos, tanto positivos quanto negativos, em nosso cotidiano.
O medo é uma emoção humana fundamental, e como mencionado, ele pode servir a propósitos diferentes. O medo que nos mantém alertas e focados é um aliado em diversas situações, como quando temos que nos preparar para uma apresentação ou enfrentar um desafio. Esse tipo de medo nos lembra de nossa vulnerabilidade e da importância de depender de algo maior do que nós mesmos — no caso, de Jesus Cristo.
No entanto, o medo negativo pode ser destrutivo. Em Números 14, vemos como o medo paralisou o povo de Israel. Após explorar a Terra Prometida, os israelitas se deixaram vencer pelo pavor diante dos gigantes que habitavam a terra. Seus corações foram tomados pela insegurança e pela dúvida, e esse medo os levou a questionar a bondade de Deus e a vontade de entrar na terra que Ele havia prometido. O resultado foi uma geração inteira que não conseguiu experimentar a bênção que estava ao seu alcance.
A mensagem aqui é clara: o medo pode nos levar a decisões que nos afastam do propósito que Deus tem para nós. Quando alimentamos o medo paralisante, ele pode nos cegar para as oportunidades que Deus nos apresenta, fazendo-nos duvidar de que somos capazes de enfrentar os desafios que surgem em nosso caminho.
Portanto, devemos aprender a discernir entre o medo que nos motiva e o medo que nos aprisiona. Em vez de permitir que o medo negativo nos domine, devemos buscar a coragem que vem da fé. A coragem não é a ausência de medo, mas sim a decisão de seguir em frente apesar dele, confiando que Deus está conosco em cada passo da jornada.
Como temos nos sentido em relação aos medos que enfrentamos atualmente? Eles estão nos motivando a crescer ou impedindo de avançar? É vital lembrar que, assim como os israelitas tiveram a oportunidade de confiar na promessa de Deus, nós também podemos escolher confiar n’Ele para superar nossos próprios desafios e medos.
O medo nos faz olhar para trás ao invés de avançar. Números 14:2-4
O trecho de Números 14:2-4 relata um momento de grande medo e desânimo entre os israelitas, que, ao ouvir os relatos sobre a terra prometida, se deixaram dominar pelo temor e pela dúvida. Esse medo os levou a questionar a liderança de Moisés e a desejar retornar ao Egito, em vez de avançar em direção à terra que Deus havia prometido.
A mensagem central desse episódio é que o medo pode paralisar e nos fazer olhar para o passado, em vez de confiar nas promessas e na direção que Deus nos oferece para o futuro. Muitas vezes, o temor do desconhecido nos impede de seguir em frente, fazendo-nos buscar zonas de conforto, mesmo que sejam prejudiciais.
No entanto, esse relato também nos convida a refletir sobre a importância da fé e da coragem. Ao invés de nos deixarmos levar pelo medo, somos chamados a confiar nas promessas de Deus e a marchar em frente, mesmo diante de incertezas. A fé nos permite enxergar oportunidades onde o medo vê obstáculos, e nos encoraja a avançar rumo ao que está por vir, em vez de permanecer presos ao que já passou.
Portanto, ao enfrentarmos nossos medos, é essencial lembrar que Deus está conosco e que Ele nos capacita a seguir em frente, sempre buscando o que Ele tem preparado para nós.
Olhe pela janela o lado de fora, esse sem fim. O céu se estende em tons de azul, salpicado de nuvens brancas que parecem algodão. As árvores balançam seus braços verdes, enquanto o sol beija a terra com raios dourados. Lá fora, a vida pulsa em ritmo próprio, indiferente aos nossos anseios e aflições.
Mas o lado de fora é apenas um reflexo do lado de dentro. Olhe para si, para dentro de si. Mergulhe nas profundezas da sua alma, onde reside a essência do seu ser. Ali, dentro de você, há um universo infinito, um labirinto de emoções, pensamentos e experiências.
Como pode caber um Deus sem fim dentro de um ser tão pequeno? Essa é a pergunta que ecoa em meu coração, enquanto contemplo a vastidão do mundo e a pequenez da minha existência.
A resposta não está lá fora, nas paisagens exuberantes ou nos céus estrelados. A resposta está aqui dentro, no silêncio do meu ser, onde a voz de Deus se faz presente.
Deus não é um ser distante, separado de nós. Ele está em cada célula, em cada fibra do nosso ser. Ele é a força que nos impulsiona, a luz que nos guia, o amor que nos sustenta.
Quando olho para dentro de mim, encontro Deus. Encontro a paz que excede todo o entendimento, a esperança que floresce em meio à dor, o amor que transborda e se espalha pelo mundo.
Não importa quão pequeno eu seja, Deus me habita por completo. Ele me preenche, me transborda, me transforma.
Olho novamente pela janela, agora com um novo olhar. O lado de fora continua o mesmo, mas o lado de dentro se transformou. A janela da minha alma se abriu, revelando a presença divina que reside em mim.
E agora, sei que não estou sozinho. Deus está comigo, em cada passo, em cada instante. Ele é o infinito que habita em mim, o amor que me conecta a tudo e a todos.
Olho para o céu e sorrio. A vastidão do universo não me assusta mais. Afinal, Deus está aqui, dentro de mim, e isso basta.
1 Tessalonicenses 4:13 ” Irmãos, não queremos que vocês ignorem a verdade a respeito dos que dormem, para que não fiquem tristes como os demais, que não têm esperança.”
Vamos considerar o que nos diz o versículo 13, deste capítulo 4, da Primeira Epístola aos Tessalonicenses . Na seção anterior o título era “A Vinda de Cristo é uma Esperança Purificadora”. Essa seção estava focada na santificação do crente. Nessa seção, o apóstolo Paulo exortou os tessalonicenses a continuarem a crescer na fé, e entrou num tema eminentemente prático: como os crentes devem andar, isto é, viver, à luz da esperança do regresso de Cristo.
Agora este versículo 13 começa uma nova seção que vai até o versículo 18 deste mesmo capítulo 4. Nesta importante parte da carta de Paulo temos de ver o que a morte significa para o cristão, e o que o arrebatamento significa para a Igreja. Consideremos, portanto, esta seção, que pode ser intitulada como:
A vinda de Cristo é uma esperança reconfortante.
Chegamos à próxima seção da epístola aos Tessalonicenses, uma seção que tem sido apontada como uma das passagens proféticas mais importantes da Bíblia, e que se estende do versículo 13 ao versículo 18. Ela ensina a vinda iminente de Cristo para sua Igreja. Agora, isso não significa que esta vinda seja imediata, nem que ocorrerá em breve. Paulo nunca usou uma expressão como essa. Ele nunca quis que as pessoas presumissem que a vinda ocorreria durante sua vida ou logo depois. Mais de 2.000 anos se passaram desde então. Mas quando dizemos que a vinda de Cristo é iminente, queremos dizer que ela está se aproximando, ou que é o próximo evento na agenda do programa de Deus.
Paulo deixou claro que acreditava no retorno iminente de Cristo. No versículo 15 deste capítulo ele falou de nós que estamos vivos, que permaneceremos até a vinda do Senhor. Paulo acreditava que o Senhor Jesus poderia vir durante sua vida. Ele não disse, nem acreditou, que Cristo viria durante a sua vida, mas disse que poderia vir. Esta foi a sua atitude quando escreveu a Tito em 2:13, “enquanto esperamos pela bendita esperança e pela aparição gloriosa do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.”
Há aqueles que acusaram Paulo de ter mudado a sua posição sobre a vinda iminente de Cristo à medida que envelhecia. Lembremo-nos de que a epístola aos Tessalonicenses foi a sua primeira carta. Paulo mudou sua teologia? Quando ele escreveu aos Filipenses ele era um homem velho, um prisioneiro de Roma, e então ele disse, em Filipenses 3:20, “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”. No final de sua vida, Paulo ainda esperava pelo Senhor. Em outras palavras, ele considerava iminente a vinda do Senhor.
Agora, na vinda de Cristo para Sua Igreja, quando somos arrebatados para encontrar o Senhor nos ares, Paulo chamou isso de “arrebatamento da Igreja”. Há pessoas hoje que têm um ponto de vista diferente sobre esse assunto. Dizem que a Bíblia não ensina o Arrebatamento e que essa palavra não é encontrada no Novo Testamento. Insistimos que seja mencionado, e se encontra nesta passagem das Escrituras, no versículo 17, desta Primeira Epístola aos Tessalonicenses, capítulo 4, onde diz: “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” Agora, neste versículo temos a palavra arrebatados, e isso é uma coisa muito interessante. A palavra grega usada aqui para “arrebatado” é harpazo, e significa “arrebatar”, “levantar”, “agarrar apressadamente”, “transportar”. É uma questão de semântica, mas seja qual for a palavra usada, o fato é que Paulo ensinou que os crentes serão arrebatados nas nuvens para encontrar o Senhor nos ares. Assim o apóstolo ensinou o arrebatamento da Igreja. O fato é que o arrebatamento da Igreja pode ocorrer a qualquer momento. É o próximo evento no programa de Deus.
Façamos agora uma declaração que pode ser surpreendente em relação a esta passagem das Escrituras. Na verdade, a principal consideração aqui não é o arrebatamento. A pergunta exata que Paulo estava respondendo era: O que podemos dizer sobre os crentes que morrem antes que ocorra o arrebatamento da Igreja?
Temos que rever o contexto desta epístola para entender por que esta questão era tão importante para os crentes tessalonicenses. Paulo foi a Tessalônica na sua segunda viagem missionária. Ele esteve lá por três sábados e discutiu com eles, declarando e expondo as Escrituras. Esse foi o relato de Lucas em Atos dos Apóstolos, capítulo 17, versículo 2. Isso indica que ele esteve ali menos de um mês. Nesse breve período, Paulo chegou àquela cidade e realizou uma tarefa hercúlea. Ele cumpriu a tarefa de missionário. Ele pregou o evangelho, houve conversos e estabeleceu uma igreja. E então ele ensinou a esses novos crentes as grandes verdades da fé cristã. E o interessante é que ele lhes ensinou sobre o arrebatamento da Igreja.
Em certos tempos passados, não se ensinava muito sobre profecia. Até professores e pregadores evitavam o assunto. Disseram que eram verdades muito profundas, que deveriam ser ensinadas aos cristãos com um certo nível de maturidade, e não aos recém-conversos. Contudo, vemos que nesta carta Paulo fez o contrário. Ele não esteve nem um mês inteiro com os novos crentes em Tessalônica e lhes ensinou profecias. Na verdade, quando estudamos a segunda epístola, vemos que o apóstolo lhes ensinou sobre a grande tribulação e o chamado Homem do Pecado, ou seja, o anticristo que virá. Paulo percorreu toda a gama de profecias para os crentes tessalonicenses. Não faz sentido então dizer que a profecia não deveria ser ensinada aos crentes recém-convertidos. Pelo contrário, deve ser-lhes ensinado, como indicou o exemplo do próprio Paulo.
É claro que Paulo ensinou àqueles cristãos que o arrebatamento da Igreja poderia ocorrer a qualquer momento: que era iminente. Então Paulo saiu de Tessalônica. Ele foi para Bereia, fundou uma igreja lá e permaneceu por um tempo. Depois embarcou e rumou para Atenas. Também não sabemos quanto tempo ele ficou lá. Ele esperava Timóteo e Silas que lhe trariam notícias de Tessalônica. Bem, eles não vieram, então Paulo foi para Corinto. Depois de ele ter estado lá por algum tempo, Timóteo e Tito chegaram e lhe entregaram relatórios sobre esta igreja em Tessalônica, junto com perguntas que os tessalonicenses tinham para Paulo. Assim, Paulo escreve esta Primeira Epístola aos Tessalonicenses para encorajá-los e para responder às suas perguntas específicas sobre o arrebatamento da Igreja. Durante aquele período desconhecido desde que Paulo os deixou, alguns dos crentes daquela igreja morreram. Então surgiu a questão de saber se eles haviam perdido o arrebatamento da igreja.
Obviamente Paulo ensinou a vinda iminente de Cristo. Caso contrário, esta questão não teria sido relevante. Paulo lhes dissera que o Senhor Jesus poderia vir a qualquer momento. Alguns daqueles crentes morreram e o Senhor não veio: eles perderam o arrebatamento? O que aconteceria com eles? Paulo deu-lhes a resposta a essa pergunta nesta presente carta que estamos estudando.
Para nós a questão dos Tessalonicenses não é tão significativa como foi para eles. E é assim, você e eu vivemos mais de 2.000 anos depois dos Tessalonicenses, e literalmente milhões de crentes cruzaram o limiar da morte. Portanto, a maior parte da Igreja já nos ultrapassou e apenas uma pequena minoria permanece no mundo.
Paulo ensinou aos tessalonicenses que a vinda de Cristo era iminente, e é nisso que ainda acreditamos hoje. Entre onde estamos agora e a vinda de Cristo para a Igreja há um tempo muito curto, o que significa que pode acontecer a qualquer momento, mesmo antes de terminarmos este estudo ou, por outro lado, a vinda de Cristo pode ser ainda distante no futuro.
O duro hoje seria marcar datas para a vinda do Senhor. Alguns estão fazendo isso, e é perigoso porque não sabem quando Ele retornará. Eles dificilmente poderiam, mesmo por acaso, adivinhar corretamente a época ou o ano, mas certamente não conseguiram descobrir a hora. Quando alguns tentam estabelecer datas, estão privando os crentes de esperar por Ele.
Agora os tessalonicenses estavam preocupados com os crentes que haviam morrido antes do arrebatamento acontecer. Precisamos nos lembrar disso à medida que avançamos. Leiamos então o versículo 13 deste quarto capítulo de Tessalonicenses:
“Irmãos, não queremos que vocês ignorem a verdade a respeito dos que dormem, para que não fiquem tristes como os demais, que não têm esperança”.
Gostamos desta frase de Paulo: nem queremos que você seja ignorante. Já vimos esta expressão antes nas cartas aos Coríntios. Quando Paulo disse não quero que vocês sejam ignorantes, pode-se ter certeza de que aqueles irmãos realmente ignoravam um assunto. Paulo não lhe contou de forma decisiva ou rude, porque foi cortês e diplomático. Poderíamos dizer que ele lhes falava com uma atitude cristã.
E falou-lhes, como diz o versículo 13, dos que dormem. Paulo estava se referindo à morte do corpo. Esta expressão nunca se refere à alma ou ao espírito do homem, porque o espírito do homem não morre. Tomaremos nota disso à medida que continuarmos, mas primeiro é preciso mencionar 4 razões pelas quais a morte do corpo é descrita como estando “adormecido”.
1. Existe uma semelhança entre sono e morte. Um cadáver e um corpo adormecido são, na verdade, muito semelhantes. Às vezes certamente observamos um amigo ou ente querido em seu caixão e alguém certamente observou que ele parecia estar dormindo. De certa forma é verdade. O corpo de um crente está dormindo. Quem dorme não deixa de existir simplesmente porque o corpo está dormindo. O sonho é temporário. A morte também é temporária. O sonho tem o seu despertar; A morte tem sua ressurreição. Não é que a vida seja existência e a morte seja inexistência.
2. Pesquisando, a palavra traduzida como “adormecido” tem sua raiz na palavra grega , que significa “deitar”. E o que é realmente interessante é que a palavra ressurreição é uma palavra que se refere apenas ao corpo e vem de duas palavras gregas, que juntas significa “levantar-se”. E apenas um corpo pode permanecer na ressurreição.
A mesma palavra para “sono” é usada aqui e quando se refere ao sono natural, quando o corpo descansa na cama. Apresentaremos dois exemplos nesse sentido. Em Lucas 22:45, diz, falando de Jesus: “Levantando-se da oração, Jesus foi até onde os discípulos estavam, e os encontrou dormindo de tristeza.” Imaginemos que Pedro, Tiago e João foram dormir num momento de crise. A palavra é a mesma usada aqui em 1 Tessalonicenses. Novamente, em Atos 12:6, diz: “Na noite anterior ao dia em que Herodes ia apresentá-lo ao povo, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes. Sentinelas, junto à porta, guardavam a prisão.” Uma coisa que sabemos com certeza sobre Simão Pedro é que ele não sofria de insônia. Mesmo em tempos de grande crise, ele conseguia dormir. Novamente, a mesma palavra é usada para “sono” e refere-se ao sono natural do corpo.
3. A Bíblia ensina que o corpo volta ao pó do qual foi formado, mas o espírito volta para Deus que o deu. Até o Antigo Testamento ensina isso. Em Eclesiastes 12:7 lemos: “e o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu.” “O pó”, ou seja, o nosso corpo. Em Gênesis 3:19 vemos que Deus disse a Adão. . . pó você é e ao pó retornará. Foi o corpo que foi tirado do pó, e então Deus soprou no homem o fôlego de vida, ou o espírito. É o corpo que irá dormir até a ressurreição, somente o corpo. O espírito do crente retornará para Deus.
O espírito ou alma não morre e, portanto, o espírito ou alma não ressuscitará. Somente o corpo pode deitar-se na morte, e somente o corpo pode ressuscitar, levantar-se na ressurreição. E isso ficou bastante óbvio quando Paulo disse em 2 Coríntios 5:8, que estar ausente do corpo era estar presente diante do Senhor.
O corpo é simplesmente uma tenda frágil que é temporariamente deixada de lado na morte. 2 Coríntios 5:1, 1 “Pois sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos humanas, eterna, nos céus.” A palavra grega para tabernáculo aqui é “kenos”, que significa tenda. Os corpos em que vivemos são tendas. Pode-se viver num palácio de verdade, mas a residência real é na verdade uma pequena tenda. Deus colocou cada um de nós em uma tenda. Aqui não há diferenças entre morar em barraco ou residir em mansão. Todos nós recebemos o mesmo tipo de tenda. Poderíamos reduzir o corpo aos elementos químicos que o compõem, e disseram-nos que o valor total que se obteria seria de cerca de 3 euros, embora a inflação pudesse aumentar um pouco o preço. Então cada um de nós mora em uma tenda que, aliás, tem muito pouco valor. E pode cair a qualquer momento. Na verdade, nossos corpos são extremamente frágeis.
Paulo disse em 2 Coríntios 5:2, “E, por isso, neste tabernáculo gememos, desejando muito ser revestidos da nossa habitação celestial;” E no versículo 4 desse mesmo capítulo diz: “Pois nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.” Então gememos dentro de nossas tendas. Você já pensou sobre isso?
Lembremo-nos também que Paulo escreveu nesta mesma passagem de 2 Coríntios, desta vez nos versículos 6 e 7: “Por isso, temos sempre confiança e sabemos que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor. Porque andamos por fé e não pelo que vemos.” Assim, ao longo de nossas vidas nos sentimos em casa com nosso corpo, afinal é onde moramos. As pessoas realmente não conseguem nos ver. É que estamos escondidos dentro dos nossos corpos. E a casa corporal em que vivemos está, dependendo do caso, em melhor ou pior estado de conservação, mas é onde viveremos enquanto caminharmos nesta terra.
E vemos que neste mesmo capítulo de 2 Coríntios 5:8 Paulo continuou dizendo: ” Sim, temos tal confiança e preferimos deixar o corpo e habitar com o Senhor.” Não podemos imaginar uma experiência mais agradável do que esta. Por isso, quando vamos nos despedir dos restos mortais de um ente querido, não pensamos tanto se ele tem ou não uma aparência natural. Mas saberemos que estamos simplesmente contemplando a tenda que ele deixou, a sua antiga casa, que foi abandonada. Ele ou ela foi para a presença do Senhor. E na ressurreição, esse corpo, como todos nós, será ressuscitado.
Daniel foi outro autor da Bíblia que falou da morte do corpo como um “sonho”. Ele disse em seu capítulo 12:2: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, outros para vergonha e horror eterno.”. Ou seja, o pó voltará ao pó, ou seja, ao corpo, mas o espírito vai para Deus que o enviou.
4. Os primeiros cristãos adotaram uma bela palavra para os cemitérios de seus entes queridos: “Por analogia, chama-se cemitério um lugar onde se enterram ou acumulam produtos, tipicamente resíduos e detritos (por exemplo, cemitério de resíduos nucleares). A palavra “cemitério” (do termo latino tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [koimitírion], a partir do verbo κοιμάω [koimáo], “pôr a jazer” ou “fazer deitar”) foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos.” pt.wikipedia.org / Cemitério – Wikipédia, a enciclopédia livre
A mesma palavra grega, que significa “uma casa de repouso para estrangeiros, um lugar para dormir”. A mesma palavra passou para outras línguas, por exemplo a nossa, dando origem à palavra “cemitério”. A mesma palavra era usada naquela época para pousadas, o que hoje identificaríamos como um hotel de beira de estrada. São instalações onde se passa uma noite para dormir e no dia seguinte se prepara para continuar a viagem. Esta é uma figura do lugar onde enterramos nossos entes queridos. É um pensamento reconfortante saber que deixamos seus corpos ali até o dia da ressurreição. Um dia o Senhor virá e esses corpos ressuscitarão.
Voltemos agora à consideração do versículo 13 do quarto capítulo de Tessalonicenses. Paulo disse: para que não sofrais, como outros que não têm esperança. O mundo pagão estava sem esperança; Para eles a morte era algo terrível. Em Tessalônica foi encontrada uma inscrição que dizia: “Depois da morte, não se pode voltar à vida; depois da sepultura, não nos veremos mais”. Um poeta grego escreveu: “As esperanças são para os vivos; os mortos não têm esperança”. .” Essas eram as crenças do mundo antigo; Eles estavam tristes e pessimistas.
Os crentes não deveriam sofrer como os descrentes. Quando vamos a um funeral sempre podemos saber se a família do falecido é cristã ou não. Pela forma como expressam a sua tristeza podemos dizer se têm esperança ou não. Os cristãos choram, é claro, não há nada de anormal nisso. Paulo nunca disse que não deveríamos chorar. O que ele disse foi que não deveríamos sofrer como aqueles que não têm esperança. Um cristão sofre a dor pela morte de um ente querido, mas ao mesmo tempo sente o conforto da esperança que tem no retorno de Cristo e na ressurreição dos mortos.
” quando você tiver medo do que é alto e se espantar no caminho; quando florescer como a amendoeira, e o gafanhoto lhe for um peso; e quando você perder o apetite. Porque o ser humano vai à morada eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça. Lembre-se do seu Criador, antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu.” Eclesiastes 12:5-7
Salomão medita sobre a fragilidade do ser humano conforme o avançar da idade e acaba por descrever a velhice se utilizando de figuras metafóricas, comparando a um tempo em que até os mais fortes tremem, e o peso faz com que os fortes se curvem à realidade.
Agora vamos ler o versículo 5:
“quando você tiver medo do que é alto e se espantar no caminho; quando florescer como a amendoeira, e o gafanhoto lhe for um peso; e quando você perder o apetite. Porque o ser humano vai à morada eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça.”
A primeira frase diz aqui “quando você tiver medo do que é alto”. Pequenas coisas podem trazer preocupação, coisas que antigamente não causava incomodo, ou apreensão, pois as consideramos insignificantes. Viagens por exemplos já não causam aquela fissura de antigamente. As coisas deixam de ser apreciadas como eram antes. Idosos que gostavam de lançar-se em viagens que se afiguravam como verdadeiras aventuras, onde não importavam os meios de locomoção ou a distancia. O gosto pelo imprevisível, da novidade com o passar dos anos mudam e então tudo passa a ser motivo de preocupações. A idade acaba por trazer uma insegurança e mesmo medo de mudança no que foi pensado e planejado, ou o risco que represente um certo grau de perigo.
Então, somos informados aqui seguindo este versículo 5, “quando florescer como a amendoeira”. Quando a amendoeira floresce, apresenta flores brancas. E isso significa que conforme a idade vai avançando mais próximo da velhice nos encontramos, quando a nossa cabeça recebe mais cabelos grisalhos, e avançam até que fiquem brancos, ou se não podem se perder pelo caminho, efeito da calvície.
Mas, Salomão continua a dizendo “e o gafanhoto lhe for um peso”. Como um inseto pequeno e sem peso quase, pode se tornar um fardo? É um dos efeitos causados pela chegada da velhice, pequenos detalhes ou acontecimentos que sempre passaram sem incomodar agora tornou-se um fardo, às vezes pesados demais. As forças falham, a capacidade de resistência já não é a mesma, a paciência esgota-se mui rapidamente. Até pequenas coisas tornam-se fardos.
Então nos é dito aqui neste mesmo versículo 5: “e quando você perder o apetite”. O que acontece é que o corpo do velho fica tão debilitado que às vezes as propriedades estimulantes da comida não fazem mais efeito. Além disso, há perda de apetite. A satisfação se perde.
E finalmente este versículo 5 diz: “Porque o ser humano vai à morada eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça.”
Enquanto nos vemos peregrinando por este mundo, na verdade estamos caminhando em direção ao tumulo, de onde não vamos retornar para este mundo, pois a vida futura será imutável e eterna. Estaremos partindo para um mundo invisível, e os enlutados que seguem o cortejo bem o sabem disso. E os que acompanharem o cadáver pelas ruas até ao tumulo seguirão enlutados, também eles em direção aos seus túmulos.
Continua a descrição lendo o versículo 6 de Eclesiastes 12:
“Lembre-se do seu Criador, antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço,”.
Neste versículo temos uma lista de órgãos do corpo. Perto do fim da vida, eles começam a parar de funcionar ou a funcionar de maneira defeituosa. Essa “fio de prata” é a medula espinhal. Esse “copo de ouro” é a cabeça, a cavidade ou receptáculo do cérebro. A eficiência da função cerebral diminui com o aumento da idade e, no momento da morte, deixa de funcionar completamente.
“E se quebre o cântaro junto à fonte” refere-se aos pulmões. “se desfaça a roda junto ao poço” é o coração. O sangue não é mais bombeado pelo corpo. Toda esta descrição é um retrato da deterioração da velhice que acaba por levar à morte. A vida não pode ser mantida sem o funcionamento destes órgãos.
Então no versículo 7 o escritor disse:
“e o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu.”
A alma não dorme. E gostaríamos que aquelas pessoas que usam versículos do livro de Eclesiastes para apoiar suas ideias sobre o sono da alma continuassem lendo até chegarem a este versículo. O corpo descansa, mas o espírito, ou alma, volta para Deus, que o deu. Vale dizer que o Novo Testamento nos assegura que estar ausente do corpo significa estar presente com o Senhor (como vemos em 2 Coríntios 5:8). A alma retorna imediatamente para Deus. O corpo é simplesmente um tabernáculo, uma tenda onde vivemos. É como uma casca externa. A alma estará com Deus.
Salomão nos lembra que, por mais agradável que possamos imaginar nossa vida, mesmo para aqueles que parecem viver uma prosperidade ininterrupta, que parece não acabar jamais, cabe apenas uma breve reflexão sobre seu estado futuro, o que talvez seja o suficiente para azedar sua alegria e trazer a convicção de que toda a felicidade que alguém pode ter desfrutado faz-se inútil quando se faz passado. Não será possível corrigir no futuro o que fizemos no passado.
O tempo é hoje, a salvação é agora e está disponível para todos. o convite tem sido feito afim de preparar o homem para quando este se encontrar com seu Criador.
Assim termina esta imagem afetadora, porém elegante e acabada, da velhice e da morte.
“Um dos fariseus convidou Jesus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava jantando na casa do fariseu, foi até lá com um frasco feito de alabastro cheio de perfume. E, estando por detrás, aos pés de Jesus, chorando, molhava-os com as suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e os ungia com o perfume. Ao ver isto, o fariseu que o havia convidado disse consigo mesmo: — Se este fosse profeta, bem saberia quem e que tipo de mulher é esta que está tocando nele, porque é uma pecadora. Jesus se dirigiu ao fariseu e lhe disse: — Simão, tenho uma coisa para lhe dizer. Ele respondeu: — Diga, Mestre. Jesus continuou: — Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários,e o outro devia cinquenta. E, como eles não tinham com que pagar, o credor perdoou a dívida de ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Simão respondeu: — Penso que é aquele a quem mais perdoou. Jesus disse: — Você julgou bem. E, voltando-se para a mulher, Jesus disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei aqui em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; esta, porém, molhou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me recebeu com um beijo na face; ela, porém, desde que entrei, não deixou de me beijar os pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas esta, com perfume, ungiu os meus pés. Por isso, afirmo a você que os muitos pecados dela foram perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.” Lucas 7:36-47
Se há algo que nos deixa constrangidos, numa situação desconfortável, é estar em dívida com alguém, seja financeiramente ou moralmente. E no decorrer de nossa vida o que mais juntamos são dívidas para com os outros. Isso significa que estamos em falta.
Esta parábola dos dois devedores fala de perdão e gratidão. Fala sobre um credor que tinha dois devedores, com quantias diferentes, mas que ambos não tinham condições de saldar a dívida. A despeito de que os credores costumam agir de modo inflexível para receber seus dividendos, aquele credor teve uma atitude diferente. Ao invés de prendê-los por inadimplência, agiu com generosidade e perdoou a dívida de ambos. E Jesus termina perguntando qual dos dois devedores revelaria mais gratidão com o credor?
Pelos padrões vigentes à época quanto à receber alguém em casa, sem dúvida Simão, o fariseu, foi, realmente, um mau anfitrião, tendo ignorado a água fresca para a lavagem dos pés de Jesus, e também, que o ósculo era um cumprimento tradicional. Não parece que aqui Jesus esteja atacando os fariseus, mas a um específico, e assim ensinar ao próprio Simão a ver a mulher como Jesus a vê. Como nós temos olhado as pessoas à nossa volta? Temos considerado que todos somos devedores(pecadores), e que necessitamos do perdão de Deus?
Simão tinha convidado o Senhor para uma refeição em sua casa, talvez o motivo do convite tenha sido apenas curiosidade, já que era conhecido e sabido pelo que tinha realizado até então. Ou apenas fez o convite para poder ouvir de Jesus e depois se aprofundar num debate, numa resenha amistosa, tão em voga entre os mestres da lei à época. Muito provavelmente banquetes assim permitiam que as pessoas entrassem para ouvir as conversações. O costume de um bom anfitrião dizia que o convidado fosse recebido de modo afetuoso, com um beijo na face, com água para lavar os pés e óleo para unção da cabeça. Nada o obrigava a fazer isso, mas deveria ter providenciado água para que Jesus pudesse lavar os pés. Simão ignorou tudo isso e nada ofereceu a Jesus.
A Bíblia nos diz que certa mulher pecadora apareceu naquele lugar, levava consigo um vaso de alabastro com um perfume raro, aproximou-se aos pés de Jesus, chorava e suas lágrimas molhavam os pés de Jesus e com seus cabelos ela os secava. Além das lágrimas, derramou o óleo nos seus pés, em adoração. O anfitrião, impressionado, julgou a Jesus em seu coração, se este fosse realmente um profeta, saberia que tipo de mulher era aquela, e a impediria de tocá-lo. Mas Jesus, conhecendo seu interior, propôs esta parábola.
Jesus aqui ensina tanto a Simão quanto a todos nós, a importância de cada um reconhecer-se como pecador, necessitado da graça e perdão. Não importa o tamanho da nossa dívida, somos todos devedores. Mas quanto mais devedores mais gratos devemos ser por termos sido perdoados.
Considerar-se justo diante de Deus sem o sangue de Cristo não dá. Somente através de Cristo podemos ser resgatados. Termos uma posição de boa reputação, sermos estimados por nossa comunidade, e aparentemente apresentar um comportamento irrepreensível, como esse fariseu, não passa de uma conduta religiosa. Todos somos pecadores e não podemos pagar por essa dívida perante Deus nos apoiando em nosso próprio senso de justiça. Necessitamos reconhecer que precisamos da graça e do perdão.
A Bíblia não fala quem era essa mulher, ou qual tinha sido seu pecado, apenas nos mostra que sua atitude foi louvável perante ao Senhor quando ela:
– Creu em Jesus e o procurou;
– Mesmo não sendo bem vinda naquela casa, ela venceu os obstáculos para chegar até Jesus;
– Reconheceu a excelência de Cristo; acima do que a religião ensina;
– Quando reconheceu a graça, a misericórdia e o perdão de Jesus, prostrou-se aos seus pés;
– Através de suas lágrimas demonstrou um coração arrependido;
– Apesar de toda a reprovação daquela platéia, ela humildemente humilhou-se perante a Jesus;
– De joelhos, aos pés de Jesus revelou gratidão e adoração;
– Entregou algo de real valor aos pés de Jesus.
Ao passo que Simão, o fariseu:
– Mostrou que não cria em Jesus;
– Apesar de O receber em sua casa, não ofereceu um mínimo de cortesia e atenção devida a um convidado de honra;
– Colocou-se como juiz sobre a causa de outro, como se fosse superior e melhor;
– Em seu coração julgou a Jesus;
– Diante do Senhor mostrou-se ingrato e descrente, não dispensando-lhe as honras devidas.
Não podemos aceitar a cegueira causada pela religiosidade. Nestes dias o que mais há são crentes que se julgam superiores a todos os outros, seja por conta da denominação que frequentam, seja na maneira de se vestir, seja no jeito de falar. O Evangelho é perdão e salvação. Não há competição.
Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus (Mateus 21.31).
Com que rapidez julgamos pecadores como nós que estão à nossa volta? Sou capaz de demonstrar amor por eles? Qual a minha reação ao ser confrontado diante dos excluídos da sociedade? O que tenho feito por eles?
”— Por que vocês me chamam “Senhor, Senhor!”, e não fazem o que eu mando? Eu vou mostrar a vocês a quem é semelhante todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. Esse é semelhante a um homem que, ao construir uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Quando veio a enchente, as águas bateram contra aquela casa e não a puderam abalar, por ter sido bem construída. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que construiu uma casa sobre a terra, sem alicerces, e, quando as águas bateram contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” Lucas 6:46-49 e Mateus 7.24-27
Nesta parábola somos instruídos de que uma casa será segura se seus fundamentos estiverem firmes, bem alicerçados, para que quando o mau tempo chegar com seus ventos fortes, suas tempestades, essas ações não venham a comprometer toda a construção. Muitas vezes deixamos nossos sonhos vaguearem por nuvens de contentamento e apenas pensamos em construir uma bela casa, para nossa bela família, para o nosso belo casamento, assim é o sonho do ser humano: ser feliz. Mas geralmente não paramos para refletir que uma construção deve ter bases suficientemente fortes para que ela se sustente de pé diante das grandes tempestades.
Nossa própria vida é uma construção diária, onde pouco a pouco acrescentamos pedras nessa edificação. Nossa vida vai sendo edificada em cada palavra proferida, em cada pensamento tido, em cada desejo, em cada atitude que tomamos, a a cada vez que alcançamos uma realização por menor e simples que seja. Estaremos sendo prudentes em nosso viver, ou somos insensatos? A parábola nos mostra que todos podemos construir, sejamos prudentes ou insensatos. Ao que parece ambos se utilizam dos mesmos materiais para a construção, a diferença está no alicerce de cada uma.
Aqui Jesus começa confrontando seus ouvintes que o chamavam de Senhor, como nós mesmo muitas vezes invocamos Seu nome em busca de bênçãos e auxílio, mas andando por caminhos fora escusos, por caminhos tortuosos. Realmente, é muito fácil e simples traçarmos nosso próprio caminho e nele trilharmos, encontrar os atalhos que o mundo nos oferece, e achamos até justo. E quando algo dá errado… Jesus nos confronta e nos diz que não adianta invocarmos Seu santo nome, suplicamos, clamarmos em lágrimas, se o que Ele nos diz para fazermos apenas ignoramos. Demonstrações externas não são tão importantes quanto a obediência.
Quando é que iremos entender que apenas fazermos confissão de fé não basta, se nossa fé não nos levar à obediência? Não basta chamar Jesus Senhor, Senhor, se como crentes não fazemos o que Ele nos diz. Quem ouve Jesus e age de acordo, certamente, está seguro, pois é como o homem que construiu sua casa na rocha. De que adianta termos ouvidos afiados e atenção plena de bom ouvinte, seremos conhecedores da Palavra, mas não aplicamos a verdade que nos diz o Senhor em nossa própria vida. Isso é apenas uma mão de tinta religiosa. É como aquele que construiu sua casa sem fundamento sobre areia é levada com a água.
Todos estamos sujeitos em algum momento enfrentar momentos difíceis, Jesus nos alertou : “No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: eu venci o mundo.” (João 16:33) Quando entendemos e aceitamos que quem nos sustenta é Jesus, não nossas forças, ou posses, ou status ou poder, nossa casa nunca ruirá pois está bem alicerçada na Rocha que é Cristo.
Tiago 1:22 “Sejam praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando a vocês mesmos.”
Maria Fernanda é assim, quietinha, com ar de tristeza permanente, pede as coisas num tom de voz que a gente precisa se ajoelhar e chegar bem perto para poder ouvir, educada, um ar de sofrimento eterno estampado no olhar.
Facilmente percebível no meio das outras crianças da CEMEI. Você não sabe se gosta dela porque ela é assim, ou se o sentimento de dó provoca isso. Um dia, aqui na unidade, aconteceu uma certa atividade batizada de “banho de mangueira”. Aquela petizada toda entrando animada pois já antecipavam o que iria acontecer. A Maria Fernanda também estava animada, mas quase não dava para perceber.
Quando chegou a hora do “banho de mangueira”, o Sol, que havia sido esquecido no sistema de preaquecimento, estava à toda, queimando tudo, e a criançada desce a escada, num desfile variado de roupões, toalhas, chinelos, e vão para o lado externo da CEMEI, onde já estava tudo preparado, EVA’s fazendo sombras, baldes de água, bexigas cheias de água, pistolas de água, mangueira conectada aguardando, em volta professoras doidas para participarem das brincadeiras, mas a liturgia do cargo impedia um maior alvoroço. E chegam as crianças.
Que bagunça! Quantos risos esvoaçando pelo espaço. Correria. Gritos animados de quem corre atrás e de quem corre na frente com um jato de água caindo como chuva de verão. Aquelas pequenas gentes em sua maioria por certo nunca vivera algo parecido. A alegria incontida era uma mistura de dia das crianças com o dia de Natal, só que sem presentes. Apenas crianças brincando, correndo e se esbaldando sob o “banho de mangueira”.
Eu, pelos meus próprios impedimentos observava na sombra de um pátio vazio. Quando de repente passa por mim em direção aos banheiros a Maria Fernanda. Ela está com um sorriso tão livre estampado no pequeno rosto que era impossível não perceber. Ouso pensar que aquele dia era um dos dias mais felizes da Maria Fernanda. Foi um dia marcante para ela e para quem foi testemunha e foi agraciado pelo sorriso liberto e feliz da pequena Maria Fernanda, fruto do dia de “banho de mangueira”.
“Também lhes contou uma parábola: — Ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para colocar sobre roupa velha; pois, se o fizer, rasgará a roupa nova, e, além disso, o remendo da roupa nova não combinará com a roupa velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque, se fizer isso, o vinho novo romperá os odres, o vinho se derramará, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo, porque diz: “O velho é excelente.””Lucas 5:36-39; Mateus 9:16,17; Marcos 2:21,22
A parábola da roupa nova e do vinho novo foi proferida por ocasião da censura feita pelos líderes religiosos e discípulos de João Batista que acusavam Jesus e os seus discípulos de não jejuarem, como o faziam os discípulos de João Batista. Jesus explica que eles não jejuavam em razão da presença do Messias entre eles. Este era um momento de celebração, mas que um dia eles haveriam de jejuar quando Jesus fosse retirado do convívio deles.
A parábola da roupa nova e do vinho novo mostra o contraste entre a Lei de Moisés e a Nova Aliança, nos ensina como devemos aceitar a graça de Deus, como devemos aceitar o Seu ensino.A tradição judaica através de toda a sua liturgia arraigada com seu legalismo e densa hipocrisia transformaram a lei de Deus em algo penoso, ritualístico sem liberdade. Como acontece em nossos tempos com o evangelicalismo que permeia uma grande parte das inúmeras denominações que através de suas doutrinas tiram a graça de Deus e colocam um fardo pesado para os fiéis. Jesus através desta parábola nos ensina e nos mostra como deve ser nossa aceitação da graça abundante de Deus.
Jesus nos convida a repensar no que estamos depositando nossa fé e esperança. Nos atiça a pensar se não estamos retalhando uma colcha nova para dela fazermos uma reforma numa colcha velha e cheia de buracos e a transformarmos numa vistosa colcha de retalhos. O Senhor compara uma pessoa que não experimentou a conversão a uma roupa velha, manchada pelo tempo, suja pelo uso, gasta. Esse somos nós aos olhos de Deus antes que o Espírito Santo opere em nós a obra de regeneração em nossas almas. Não há possibilidade alguma de que uma reforma moral ou religiosa limpará a mancha dos nossos pecados ou que possa transformar nosso caráter mau por essência. O evangelho de Jesus Cristo não se junta ao legalismos religioso e distorcido defendido por algumas lideranças religiosas, embebidos numa hipocrisia cruel.O Evangelho produz vida, reproduz amor e verdade. É graça derramada por Cristo.
Da mesma forma, a parábola do vinho novo salienta que o processo natural de fermentação deve ser de acordo, um odre novo recebe um vinho novo e ambos vivem o processo e se expandem. Do contrário, um odre velho tendo alcançado já sua dilatação não sustem a fermentação de um vinho novo, não possuindo mais elasticidade explode e ambos se perdem. O vinho está na maioria das vezes associado à alegria, e o vinho novo representa a alegria da salvação. Mas o sistema religioso legalista, tão carente de alegria, não possui espaço para a alegria ministrada por Jesus Cristo.
O apego às tradições humanas acabam por nos afastar de Deus. Se juntarmos a Lei e a Graça não teremos nem a Lei e tampouco a Graça. Assim, permitamos que a graça de Deus inunde nossas vidas, encharcando todas as áreas de nossas vidas. Esta mensagem nos diz como encontrar uma vida nova e a paz com Deus através de Seu Filho Jesus Cristo. Mais que uma reforma, o que precisamos é de uma transformação. “Quanto à maneira antiga de viver, vocês foram instruídos a deixar de lado a velha natureza, que se corrompe segundo desejos enganosos, a se deixar renovar no espírito do entendimento de vocês, e a se revestir da nova natureza, criada segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” Efésios 4:22-24
“A seguir, Jesus passou a contar ao povo esta parábola: — Certo homem plantou uma vinha,arrendou-a para uns lavradores e ausentou-se do país por prazo considerável. No devido tempo, mandou um servo aos lavradores para que lhe dessem do fruto da vinha. Mas os lavradores, depois de espancá-lo, o despacharam de mãos vazias. Em vista disso, enviou-lhes outro servo, mas também a este espancaram e, depois de insultá-lo, despacharam de mãos vazias. Mandou ainda um terceiro; também a este, depois de feri-lo, o expulsaram. Então o dono da vinha disse: “Que farei? Enviarei o meu filho amado; talvez o respeitem.” — Mas, quando os lavradores viram o filho, começaram a discutir entre si: “Este é o herdeiro; vamos matá-lo, para que a herança seja nossa.” E, lançando-o fora da vinha, o mataram. — Que lhes fará, pois, o dono da vinha? Virá, exterminará aqueles lavradores e entregará a vinha a outros. Ao ouvir isto, disseram: — Que tal não aconteça! Mas Jesus, com o olhar fixo neles, disse: — Que quer dizer então o que está escrito: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular”? Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó. Naquela mesma hora, os escribas e os principais sacerdotes procuravam prender Jesus, porque entenderam que ele havia contado essa parábola contra eles; mas temiam o povo.” Lucas 20:9-19; Marcos 12:1-12 e Mateus 21:33-46
Todas as versões contidas nos evangelhos sinóticos nos afirmam que os sacerdotes membros do Sinédrio entenderam perfeitamente que a parábola lhes era dirigida, que eles que eles seriam os lavradores, mesmo que tenham inicialmente se perguntado se não seriam os arrendatários uma representação dos romanos que ocupavam então as terras. Era comum que o proprietário das terras fizesse arrendamento a lavradores e no tempo da colheita este voltava e recebia o valor devido pelo arrendamento, e quando acontecia algo e o proprietário não tinha herdeiros os trabalhadores tinham direito à terra.
Nosso Senhor conta esta parábola num formato de denúncia contra Israel. O Senhor chamou, escolheu Israel, o cultivou com amor sem medida, como um pai para com seu filho. Livrou-o de mãos inimigas, tirou-os da escravidão, e sujeitou-lhes nações inimigas poderosas, a fim de dar-lhes Canaã. E ainda assim a nação rejeitou ao Senhor, indo atrás de outros deuses.
Na demonstração de amor por Israel o Senhor esperava retribuição através da devoção, da busca pela santificação e obediência aos Seus mandamentos. Mas Israel rejeitou as leis e os servos do Senhor enviados até eles e seguiu seus próprios passos.
Esse é um alerta para nós hoje, que vivemos numa sociedade onde a criação tornou-se seu próprio deus pessoal, e que o verdadeiro e único Deus é apenas e puramente amor, esqueceu-se que Deus é amor sim, mas também é justiça, e haverá um dia em que toda desobediência será punida.
Nesta parábola podemos ver esse engano na reação dos lavradores maus. Deus espera de nós obediência e quando não a entregamos estaremos sujeitos ao Seu julgamento. Quando rejeitamos ao Senhor trilhamos caminhos perigosos e hoje temos uma abundância de informação que nos possibilita saber e aprender mais de Deus em Sua palavra, a Bíblia.. E que nela há promessas de bênçãos, sim, mas, também, de repreensão.
O dono da vinha continuou a enviar os seus servos aos agricultores para descobrir como as coisas estavam se desenvolvendo, entretanto, um a um, os servos foram espancados e insultados. Deus havia enviado profeta após profeta a Israel, que foram completamente rejeitados. Muitos deles foram apedrejados e mortos. Finalmente, o Pai enviou Seu Filho. Ele não se tornou Filho ao ser enviado, Ele foi enviado por ser Seu Filho.
O Senhor estava lhes dizendo que eles poderiam matá-Lo, mas eles não poderiam destruir o propósito de Deus. A Pedra que eles rejeitaram se tornaria a pedra angular do edifício. Esta foi uma predição clara da rejeição do Senhor e do triunfo subsequente. Israel caiu sobre essa pedra e acabou em pedaços, e essa mesma pedra um dia cairá sobre a igreja moderna e hipócrita de todos os tempos, reduzindo-a ao pó.
Jesus encerra a parábola falando sobre o julgamento que enfrentarão todos os que O rejeitam, mas àqueles que O aceitar receberá a vinha como herança arrancada daqueles trabalhadores maus. Todos os que crerem em Jesus Cristo e Seu sacrifício, e O tomar como seu Salvador, receberão os privilégios das promessas de Deus e encontrarão redenção. Porque Deus é justo e amoroso, e aos que O buscam encontram Seu favor e Sua presença. O que foi desprezado pelos judeus foi abraçado pelos gentios. Devemos nos perguntar se nós, na qualidade de lavradores da vinha, que usufruímos de todas as vantagens dela, será que damos frutos ao tempo certo?