Em um mundo onde o amor é moeda escassa,
onde o julgamento floresce como erva daninha,
navegamos, almas inquietas, à busca da luz,
cada um com suas dores, suas histórias, suas tramas.
Mas, ah! Como é doce a graça que se espalha,
como um perfume suave que atravessa o ar;
é pelo sopro divino que encontramos abrigo,
um abrigo onde somos mais que nossas falhas.
Hoje, celebremos a dádiva imerecida,
essa mão que se estende quando a noite é longa,
quando a amargura faz sombra em nossos corações,
e a misericórdia se revela em cada olhar.
A graça não se limita a palavras bonitas,
é ato, é gesto, é o sorriso do estranho,
é a compreensão silenciosa, a escuta generosa,
a decisão de acolher, em vez de separar.
Que possamos, então, em cada encontro,
cultivar a semente da compaixão,
regar com amor as sementes do próximo,
e ver florescer um jardim de aceitação.
Que a graça que nos foi dada se multiplique,
que ela reverbere em nossas ações diárias,
e que, ao invés de muros, construamos pontes,
onde todos possam atravessar, juntos, sem medo.
Assim, tecemos a tapeçaria da vida,
bordada com fios de bondade e perdão,
e, ao final do dia, ao olharmos nos olhos,
saberemos que a graça é a verdadeira união.
Celebremos, então, essa dádiva divina,
e que cada ato nosso seja eco da luz,
porque apenas pela graça de Deus podemos amar,
e, assim, ser o reflexo da misericórdia que nos seduz.