e tá chegando o natal…

Mateus 16:13-21

 “E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?” v.15

O natal é comemorado em dezembro, mas já em novembro as cores, tão características dessa época, já começam a surgir por toda a cidade, pelas casas como uma lembrança e saudação da data, nos comércios como apelo às compras. Quanto mais próximo da data maior, me parece, é o contágio. Árvores brotam dos ladrilhos e cimentos. Ramos de galhos multicor avançam por portas e janelas. Praças são tomadas por árvores que mostram seus frutos repletos de cores e luzes que disputam com prédios, e tudo junto rompem uma escuridão noturna, modificando-a. As evidências desse, pseudo, espírito natalino ou marketing sazonal estão aí, às claras.

Difícil encontrar alguém que passa ao largo dessa data sem ser incomodado. Tem a turma que aprecia todo esse “luxo”, sentem-se até extasiados. Outros já desenvolvem uma visão mais crítica, ou cínica. Isso levanta uma questão mais pessoal: como cada um de nós vemos, como cada um de nós consideramos essa celebração, o que ela significa para cada um de nós? Qual o seu significado para mim?

Muitos irão celebrar o Natal, com muita comida e bebida, muitas brincadeiras e troca de carinhos e presentes, sem ao menos saber que natividade celebra nascimento, e quem é esse que nasceu? É mais do que uma história que nos reconforta sobre um bebê nascido numa manjedoura, ou num estábulo, de qualquer forma num lugar que não estava preparado para receber um nascimento. Como o mundo não estava preparado. E ainda continua não preparado, pois não veem que foi o nosso Criador, que visitando a Sua criação, tornou-se como um de nós, mas não como nós.

Quando adulto e prestes a completar Sua obra de redenção da Sua criação, Jesus pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem as pessoas,que o Filho do Homem é?” à época responderam como tantos outros já haviam dito: João Batista, Elias, ou algum outro profeta. Hoje dizemos: Papai Noel, gnomos, ou algum tipo de duende ou fada. E Jesus lhes pergunta individualmente : “Quem vocês dizem que eu Sou?” e Pedro responde: O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo”

E você? E eu? O que respondemos ?

Mas afinal, quando nasceu Jesus?

O nascimento de Jesus foi a verdade de Deus revelada aos homens ( Hebreus 1:1,2 ). Lucas, evangelista minucioso nos conta que:

– pastores guardavam seus rebanhos durante a vigília da noite ( Lucas 2:8 ) uma vez que o inverno em Israel é rigoroso, não é provável que o nascimento tenha ocorrido no inverno;

– César Augusto convocou um recenseamento para o povo israelita (Lucas 2:1 ). É pouco provável que tenha sido feito no inverno, já que a locomoção seria dificultada por ter que vencer as grandes distâncias, mesmo no lombo de um animal, no inverno. Também é bem pouco provável que José arriscaria a vida de sua esposa, Maria, grávida, numa jornada sem abrigo.- naquele exato momento Zacarias servia no templo ( Lucas 1:5 ), no turno de ABIAS. Qual seja, havia um rodizio em turnos no serviço do templo, cada turno tinha um nome. ABIAS era o oitavo turno.

– Zacarias recebe a anunciação do nascimento de João Batista. Enquanto Lucas 1:23,24 diz que Izabel estava grávida de João Batista.

Vejamos então quando, realmente, Jesus nasceu. Olhando com atenção e cuidado, podemos inferir que Jesus não nasceu em dezembro, e os prováveis meses seriam setembro ou no mais tardar, outubro, que vem a ser os meses da Festa dos Tabernáculos. Êxodo 12:1,2 e Deuteronômio 16:1, mencionam que a Páscoa é a principal festa do ano e acontece no primeiro mês, que vem a ser Aviv, no calendário religioso judaico ( Ex 23:15 ).

1 Crônicas 24:5-18 nos diz que os sacerdotes se revezavam em turnos de dois turnos/mês e que ABIAS era o oitavo.

Qual seria a dedução lógica para se chegar ao mês de nascimento de Jesus? Deus é um Deus lógico e Nele não há coincidências. É provável que o primeiro turno dos sacerdotes deveria começar no primeiro mês religioso do calendário, simplesmente porque, para elaborar uma escala de rodizio é necessário que haja um início, um mês de referencia para que houvesse a organização desse revesamento. Pela importância, podem ter escolhido o mês Aviv, onde se comemora a Páscoa. Se este pensamento tem lógica e é aceitável, não há dúvidas de que o turno de ABIAS de Zacarias era o oitavo na escala, coincidindo com o mês chamado Tamuz.

A Bíblia diz que poucos dias após Zacarias ter recebido a anunciação sobre o nascimento de João Batista, Izabel, sua mulher ficou grávida. No sexto mês da gravidez de Isabel (Lucas 1:24,25 e 36 ) no mês de Tevet foi visitada por Maria, mãe de Jesus que acabara de ficar grávida. Se contarmos 6 meses no calendário judaico chegamos ao mês Tevet e nove meses adiante, para o nascimento, a partir de Tevet, chegamos aos meses de setembro ou mais tarde, outubro, meses que coincidem com o 7º mês do calendário judaico, Tishrei, quando se comemora a Festa dos Tabernáculos.

O calendário judaico é lunar e por isso apresenta diferença entre os meses do calendário gregoriano, que é baseado no sistema solar. No dia 13/12/1990, foi publicada uma matéria no jornal “Estado de Minas”, em que informava que os computadores do observatório Municipal de Campinas, calcularam a data provável do nascimento de Jesus seria 15/09 do ano 7 dC. Não há argumentos científicos que corroborem essa data, e nem informação bíblica que a contradiga.

A mais bela história de amor que a humanidade já conheceu, foi sendo durante a passagem do tempo, sendo distorcida com acréscimos e mentiras, para tirar o foco do Natal e da pessoa do Salvador e introduzir coisas deste mundo. Todo espírito que nega que Jesus veio em carne é do anticristo e todo espírito que declara que Jesus veio ao mundo para morrer em nosso favor, nos resgatando das trevas, é de Deus. Então o Natal verdadeiro, aquele que é de Deus, é aquele que celebra o nascimento de Jesus como Senhor e salvador ( Lucas 2:11 ).

Ignorar os significados dos símbolos é deixar-se ser enganado. Os símbolos bíblicos podem ser usados para ensinar a respeito do Natal, mas não devem ser venerados, e nem devemos atribuir sentidos místicos a eles, senão perderão se real valor e significado. Usar símbolos extrabíblicos podem ser usados com parcimônia, com o propósito de ensinar sobre o nascimento de Jesus, com cuidado, porque é muito fácil contrariar a Palavra de Deus. Símbolos antibíblicos devem ser recusados e desmentidos através da verdade das Escrituras (João 17:14-17 )

Coisas interessantes sobre o natal:

PINHEIROS: Os escandinavos e germânicos, adoravam árvores e realizavam sacrifícios debaixo das árvores ao deus Thor. Quando se converteram, um sincretismo transformou a antiga tradição de adoração ao deus Thor no símbolo da trindade cristã.

PRESÉPIO: local sagrado de nascimento de Jesus. Manter um presépio é esperar bençãos ao local. Instituído no seculo XIII por Francisco de Assis, para representar o cenário em que Jesus nasceu. O “boi” e o “jumento” é uma alusão à “ignorância do judeu” (Isaías 1:3). Um possível elemento antissemita, sutilmente introduzido vigente até hoje.

PAPAI NOEL – PAPAI NATAL: a origem é incerta. Há contudo ligações que remontam ao século IV, e à lenda de São Nicolau, bispo de Mira. A Holanda o escolheu como patrono das crianças e nesse dia era costume dar presentes. O costume espalhou-se pela Europa. Os noruegueses acreditavam que a deusa Hertha aparecia na lareira e trazia consigo sorte para o lar. Crianças colocavam, segundo a lenda, sapatinhos na janela e São Nicolau passava de noite colocando chocolates e caramelos dentro dos sapatos. Tinha fama de ajudar pessoas que tinham necessidades, nasceu assim o mito do chamado “bom velhinho” , que hoje ocupa o lugar de Jesus como doador de bençãos..

GUIRLANDAS – a tradição de se usar guirlandas surgiu em Roma. Acreditavam que presentear com um ramo de planta trazia saúde, daí passaram a enrolar os mesmos em coroas, para se desejar que todos de uma mesma família tivessem saúde. Significam também um “adorno de chamamento” e, consequentemente, são porta de entrada de deuses. Razão pela qual, em geral são penduradas nas portas, como sinal de boas vindas. A maior parte dos Deuses do Egito, sempre, aparecem com a guirlanda na cabeça.

 Na Bíblia só existe uma citação ao uso de guirlanda, e esta foi feita por Roma e colocada na cabeça de Jesus no dia da sua morte. Também vale notar que entre os chamados “pais” da igreja, vozes se levantaram para exortar os novos convertidos a abandonarem práticas pagãs. Tertuliano (160 – 220 dC) escreveu para os cristãos e o costume de se pendurar coras de flores, as chamadas guirlandas, nas portas das casas: “Se vocês renunciaram aos templos, não transformem as vossas portas e as vossas casas em templos:, em Idolatria – séc III dC.

VELAS E ESTRELA – representa a estrela que guiou os magos, acender velas no natal é um pedido de benção e iluminação para os melhores caminhos em nossas vidas.

ANJOS – anjos estiveram presentes no nascimento de Jesus louvando a Deus, apesar disso é anti bíblica a utilização de imagens de anjos no natal. Esses seres angelicais, são ministros de Deus, e são vistos apenas se houver um proposito e permissão do Senhor. Muitas religiões e misticos cultuam os anjos.

DUENDES – seres mitológicos com poderes mágicos. Habitam as florestas, tem diversos nomes que os designam. Em muitas lendas são ajudantes de papai Noel. Tem aparência maligna e estão associados à prática de magia.

SINOS – símbolos de comunicação entre o céu e a terra. Decorar com sinos a casa é demonstração de respeito ao divino.

CORES DO NATAL – esta tradição remonta aos festivais de solstícios, onde: o verde representa a natureza e o desejo de longevidade. Vermelho é atribuído ao azevinho, um arbusto que cresce ao longo do inverno. O vermelho também representa o melhores sentimentos.

Fontes:

https://www.bibliaonline.com.br/naa/index
https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/45746-voce-conhece-a-origem-da-arvore-de-natal.htm
https://www.esbocosermao.com/2011/11/como-saber-se-o-natal-e-de-deus-ou-nao.html
https://estudosdabiblia.net/bd412.htm
https://www.opregadorfiel.com.br/2014/12/14-esbocos-de-pregacao-sobre-o-natal.html
https://www.esbocopregacao.com/2015/12/o-natal-que-jesus-quer.html

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